O tratamento de quimioterapia a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se submete reduziu em 75% o tamanho do tumor detectado na laringe do petista em outubro deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês. Lula passou até agora por duas sessões e passa por uma terceira aplicação dos medicamentos nesta segunda-feira.
Entenda o caso: Lula é diagnosticado com tumor na laringe



Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Roberto Kalil Filho dá a boa notícia a Lula e Marisa: câncer regrediu 75%
Os resultados animaram os médicos, que disseram ter se surpreendido com o grau de redução do tumor, cujo tamanho original era de aproximadamente três centímetros. Embora já dessem como certa uma diminuição do câncer, eles avaliaram que essa evolução foi "extraordinária" no caso de Lula.

Os resultados levaram os médicos do ex-presidente a descartar qualquer hipótese de cirurgia para a retirada do tumor. "A cirurgia está totalmente descartada pela redução constante", disse o oncologista Luiz Paulo Kowalski. "Se existe um caminho que leva à cura seguramente passa por esse estágio", acrescentou o oncologista Artur Katz, também integrante da equipe que acompanha o ex-presidente.
Lula, segundo relatos da equipe, ficou feliz ao receber os resultados dos exames e reagiu com um sorriso. A partir de janeiro, ele ingressa em uma nova etapa do tratamento, na qual será submetido a sessões de radioterapia. A quimioterapia, no entanto, não está totalmente concluída, já que ele receberá pequenas doses desses medicamentos em conjunto com as sessões de radioterapia. A nova fase do tratamento será ambulatorial e exigirá que Lula compareça ao hospital uma vez por semana.


Foto: AE
Lula, ao chegar ao hospital na manhã desta segunda-feira, onde se submeteu a bateria de exames para avaliar resposta ao tratamento
A expectativa dos médicos, diante dos resultados, é de que o tratamento vai interferir muito pouco na voz do ex-presidente. A equipe diz acreditar, ainda, que Lula poderá retomar suas atividades normais a partir de março. "No longo prazo, o resultado deve ser extraordinário", disse Katz.

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