Amanda Costaamanda.costa@jornaldebrasilia.com.br

OPartido dos Trabalhadores (PT) é a legenda mais amada e também a mais odiada pelos brasilienses. É o que revelou pesquisa divulgada pelo Instituto O&P Brasil na última semana. O total de 22% dos entrevistados afirmou que entre as atuais legendas, o PT é o que detém a maior simpatia ou preferência. Por outro lado, quando perguntados sobre por qual partido teriam a maior antipatia, 17% responderam o PT.

Para o cientista político Luiz Gonzaga Mota, o maior atrativo da legenda, o que poderia justificar o amor de milhares de pessoas, é a identidade bem definida, o que costuma ser raro entre os partidos.

“O PT, sem dúvida, é a grande novidade da política brasileira nos últimos 20 anos. Antes, não tínhamos partido que tivesse uma identidade ideológica bem definida. Então, nasceu como o PT, como o partido dos trabalhadores”, explicou. “Tem um segmento do eleitorado que é muito fiel e que tem essa identidade com o partido, porque sabe que ele vai se manter na mesma posição. É o que faz o PT tenha essa simpatia”, avaliou Mota.


Por outro lado, segundo o especialista, é justamente a identidade que afasta as demais pessoas e faz com que ele se sobressaia na lista dos mais antipatizados. “Até por conta de representar um segmento identificado e uma posição política definida, tem bastante antipatia de quem não têm essa preferência política ideológica. O PT é um partido com uma fidelidade muito grande, mas por outro lado, é o partido com maior rejeição. É simples: ou você é PT ou você é contra o PT”, constatou.

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