Agnelo, como Fênix, anuncia nascimento da nova Brasília

Publicado em 23 de Novembro de 2011 por José Seabra* www.notibras.com.br
Em artigo, o desabafo de Agnelo Queiroz. Há quem invente pelo prazer do caos
Em artigo, o desabafo de Agnelo Queiroz. Há quem invente pelo prazer do caos

Agnelo Queiroz embarca nesta sexta-feira 25 para a Europa. É a primeira vez que ele alça um vôo longo desde que, como uma Fênix, ressurgiu das cinzas que ameaçavam sepultar sua carreira política. O governador vai estar em Genebra, para acompanhar a eleição da cidade-sede da Universíade 2017.
Ele pode até voltar de mãos abanando. Mas nem por isso Agnelo deverá se sentir um derrotado. Até porque, a capital da República entrou na briga quando outras potenciais cidades disputavam a indicação há mais tempo.
Mas, sendo Brasília a escolhida, Agnelo Queiroz terá um novo e doce ingrediente para fermentar o bolo com que pretende fazer renascer a cidade.
Uma Brasília, nas palavras do próprio governador, por ele recebida como se concebida em meio ao caos. E para que a cidade não caísse no abismo, Agnelo arregaçou as mangas, colocou-se a trabalhar até 18 horas por dia, exigindo dos seus assessores diretos a mesma dedicação.
Mergulhada na desordem, Brasília estava coberta por lixo e mato; os hospitais ameaçados de fechar as portas; não era fácil a pais e alunos conseguirem adquirir seu passe livre.
Colocar a cidade em ordem, reconhece Agnelo, não foi uma tarefa fácil. Porém, quando os primeiros frutos eram colhidos, caiu a tempestade. Notícias requentadas pretendiam manchar o novo caminho prometido na campanha eleitoral.
Quem acompanhou os últimos acontecimentos políticos, viu a imagem de um Agnelo cabisbaixo. Mas, como cantou Noite Ilustrada, um homem de moral não fica no chão. Ele tem mais é que levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.
É isso o que Agnelo Queiroz faz agora. A cidade precária recebida e as denúncias (todas intempestivamente concebidas), são lembradas em um quadro ilustrado pelo próprio governador, no artigo Uma nova Brasília vai nascer, que vai transcrito a seguir:
Quando assumi o GDF 10 meses atrás, Brasília estava mergulhada na desordem. Lixo, mato, infestação de pombos em centro cirúrgico, hospital público ameaçado de ser fechado por irregularidades na gestão. Pais e estudantes humilhados nas filas de um sistema nada fácil para adquirir o passe livre, dentre tantos outros problemas que atormentam os nossos cidadãos e cidadãs.
Colocar a cidade em ordem e arrumar a casa para trilhar um novo caminho exigiram coragem e muita determinação. Nesse percurso de 10 meses de trabalho, os adversários políticos derrotados nas urnas não conseguiram encontrar contra meu governo um único ato de corrupção ou desvio de dinheiro público. Pelo contrário, os responsáveis por mergulhar Brasília na vergonha e no caos assistiram às duras ações adotadas por mim para dar um basta aos desmandos administrativos no DF: auditorias, investigações, suspensão de contratos, colaboração absoluta com a Justiça e os órgãos de controle da gestão pública.
Denunciei ao Tribunal de Contas do DF todos os responsáveis por assaltarem os cofres públicos. Declarei inidôneas, para contratar com o GDF, as empresas de informática e todas as outras envolvidas nas denúncias. Não permiti aumentar o preço das passagens dos ônibus. Contratei cerca de 7 mil servidores concursados, entre eles 4 mil especialmente para a área de saúde, e enxuguei cargos comissionados. Sem fatos capazes de atingir a probidade administrativa do meu governo, os adversários políticos foram buscar no testemunho de gente desqualificada as ofensas e as falsas acusações para destruir a minha imagem pública.
Acusam-me sem provas! Publicam denúncias velhas como se fossem novas! Ressuscitam a armação que fizeram, ainda antes da campanha eleitoral, na tentativa de inviabilizar minha candidatura, que despontou como o novo caminho político para nossa capital. Mentem ao afirmar que tentei proteger indivíduos ou organizações que utilizaram recursos públicos de forma irregular. Relatam procedimentos ou condutas incompatíveis com a minha história e a minha dignidade. Não há qualquer fundamento de verdade nas acusações publicadas nas últimas semanas. Não tenho compromisso com erro de terceiros, sejam quem for, tenha tido algum tipo de contato ou não comigo.
Como ministro do Esporte do governo Lula, recebi da Controladoria-Geral da União (CGU) a certificação de regularidade de todas as minhas contas como gestor público. Não há nada contra meu trabalho, na função de ministro de Estado, com penalidade ou sob investigação no Tribunal de Contas da União.
Já se passaram quase seis anos desde que fui ministro. O inquérito agora em análise no STJ é uma peça política produzida por policiais que usurparam a função delegada pela sociedade. Essa parcela da polícia instrumentalizou os poderes conferidos pela função pública e construiu um falso enredo para justificar a tentativa de incriminar meu nome.
Tenho absoluta confiança na Justiça e sei que agora, na instância adequada, em campo limpo, vou desmascarar a farsa armada por essa gente inescrupulosa. A política é o espaço dos consensos; da pluralidade de ideias e das divergências de opiniões. Seu exercício deve fortalecer a vocação cívica; o debate de alternativas e a correção das decisões. A política não deve servir ao submundo do crime e da guerra para dizimar reputações.
Governo Brasília com hombridade e espírito público. Nossa cidade trilha uma nova agenda. Longe dos escândalos; do favorecimento aos invasores das terras públicas; da distribuição de moradias sem critérios e de benefícios assistenciais sem controle e sem foco.
Coloquei de pé a responsabilidade de Brasília ser uma anfitriã respeitável dos grandes eventos internacionais que começam em 2013, com a Copa das Confederações, passa por sete jogos da Copa do Mundo e continua com as competições da Copa América, das Olimpíadas e dos Jogos Mundiais entre universitários.
Brasília também se prepara para uma mudança radical na área do transporte público. Investimentos federais do PAC na expansão do metrô, com novas estações em Samambaia e na Ceilândia; na construção de novos modais de transporte coletivo, como o VLP para Santa Maria-Gama (saída sul), e de alternativas exclusivas para a saída norte (Sobradinho-Plalnaltina). Essas intervenções irão se somar a outras ações do meu governo para colocar ordem no transporte público: licitação de todas as linhas; novas empresas; fiscalização eletrônica dos itinerários e dos horários; recuperação e reformas dos terminais de passageiros; construção de centenas de quilômetros de ciclovias e o fim da circulação de ônibus velhos, com mais de sete anos de fabricação.
Quem hoje chega à capital federal acompanha o debate sobre o papel que a cidade terá na Copa de 2014 — o acesso gratuito à internet logo será uma realidade consolidada, que hoje já está em fase de testes; assiste à retomada das obras; toma conhecimento de que há novo cadastro para acesso a moradias e nova política habitacional; acompanha os esforços para recuperar os serviços públicos de saúde; e principalmente nosso projeto de combate à pobreza, de distribuição de renda, com foco no desenvolvimento humano. Meus adversários querem impedir de fazer o que eles não tiveram competência ou vontade para realizar. Foram buscar no testemunho de meliantes as armas para as suas acusações. Eles estão desesperados e não aceitam que uma nova Brasília possa nascer!
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*José Seabra, sobre artigo de Agnelo Queiroz, Governador do Distrito Federal

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