Brasília não sediará jogos por apenas quatro votos

Mesmo não sediando o Universíade, cidade vai manter um amplo calendário esportivo. Até 2016, a cidade receberá eventos importantes

Tamanho da Fonte      Redação Jornal Coletivo
Os esforços do governador Agnelo Queiroz e o apoio da presidenta Dilma Rousseff não foram suficientes para que a capital federal desbancasse a experiência asiática em realizar os jogos universitários, o Universíade. Com a diferença de quatro votos, a Federação Internacional de Esporte Universitário (Fisu) escolheu, ontem, Taipei, em Taiwan como a sede dos jogos em 2017. Esta é a quinta vez que a cidade pleiteia realizá-lo. Desde o início da campanha, Agnelo sabia da dificuldade que enfrentaria pela frente. “É um desafio muito grande e temos um concorrente de peso, que é Taiwan”, disse o governador antes da decisão oficial. Mesmo não sendo a escolhida, a cidade tem muito o que comemorar. Até 2016, será precursora de um extenso calendário esportivo. Realizará a abertura da Copa das Confederações, sete jogos da Copa do Mundo, além de ter participação na Copa América e Olimpíadas.
O governador Agnelo Queiroz defendeu Brasília como local favorável à realização dos jogos e ressaltou o apoio do governo federal O governador Agnelo Queiroz defendeu Brasília como local favorável à realização dos jogos e ressaltou o apoio do governo federal

Os representantes brasileiros, embora não tenham alcançado o objetivo final, fizeram uma excelente campanha. Na tarde de ontem, um vídeo com monumentos da capital federal deu início a apresentação da cidade aos dirigentes da Fisu, que durou cerca de uma hora. Também foram destacadas as potencialidades do Brasil e de Brasília, principalmente, a paixão pelo esporte. Entretanto, a infraestrutura da capital foi o argumento de peso utilizado pela comitiva brasileira. Segundo ela, os preparos para receber os eventos esportivos serão herdados pelos jogos universitários. A defesa brasileira também fez questão de apresentar o crescimento econômico do país nos últimos anos. “Temos recursos para os jogos, orçamento aprovado, técnicos qualificados e um ambiente no país muito favorável à realização da Universíade 2017. E temos o apoio do governo federal”, ressaltou Agnelo.

Desde que desembarcou, em Bruxelas, na Bélgica, na segunda-feira (28), Agnelo iniciou uma intensa campanha. Os delegados visitaram os estandes das duas cidades concorrentes. No estande de Brasília, os representantes da Fisu ficaram empolgados com a apresentação de capoeira  e as belezas naturais e culturais. 

A equipe brasileira mostrou a importância que o evento traria para Brasília e o legado que deixaria na cidade. “Passamos o dia mostrando o engajamento da UnB e a importância deste processo. De como terá um impacto direto no ensino e na pesquisa realizada no Brasil, deixando um legado que possibilitará uma mudança de paradigmas no ensino e na pesquisa”, disse o decano de Administração da UnB, Eduardo Raupp.


Capital recebeu apoio de todos

O apoio para Brasília sediar os jogos universitários veio também do âmbito nacional. A presidenta, Dilma Rousseff enviou, na segunda-feira, uma carta ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz e sua comitiva de governo, à Bruxelas, na Bélgica, onde acompanharam o evento do anúncio oficial, manifestando entusiasmo com a candidatura de Brasília para realizar o Universíade.

Ela lembrou pontos positivos da capital federal. “Nossa capital, Brasília, é uma jovem cidade, que nasceu sob o signo da modernidade. Concebida pelos traços geniais de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, tornou-se patrimônio cultural da humanidade, representando um marco da arquitetura e urbanismo do século XX e guardando monumentos que encantam a todos, brasileiros e estrangeiros que nos visitam”, manifestou a presidenta.

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